De forma transparente, o Governo divulgou o Relatório do Ministério das Finanças e do Banco de Portugal sobre o impacto da descida da Taxa Social Única e do correspondente aumento compensatório do IVA.
Sopesando os custos e os benefícios, o Relatório priveligia a descida da TSU, como forma de diminuição dos custos dos produtos e de aumento da competitividade, mas não deixa de alertar para alguns inconvenientes da medida relacionados com o aumento do IVA.
É como os remédios: o médico sabe que, para fazer bem a um órgão, prejudica outro, mas, para salvar o doente, escolhe o bem que faz em detrimento do mal que causa. Em ditado popular, não se pode ter simultaneamente chuva no nabal e sol na eira.
Algo que muitos comentadores esquecem, produzindo análises que cheiram à mais descarada desonestidade. Ou porque apenas enfatizam o mal e esquecem o benefício, ou porque negam todo e qualquer benefício da medida. Que dirigentes sindicais o façam, não se estranha: há muitos anos que debitam ideias velhas e relhas e já não são capazes de ver que o mundo já não é o de 1917 nem o do tempo do colapso do socialismo soviético.
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