sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PRIMEIRO MINISTRO JAPONES DEMITE-SE

Naoto Kan, o chefe do Executivo nipónico, apresentou a demissão após uma muito criticada gestão governamental da resposta à catástrofe sísmica e nuclear de 11 de Março. O Japão aguarda agora pelo sexto primeiro-ministro em cinco anos.

O Partido Democrático do Japão prepara-se agora para escolher um novo líder, que assumirá o cargo de chefia do Governo nipónico. Não deverão ser convocadas novas eleições.

Declarando ter feito «tudo o que podia fazer» após o sismo e tsunami de 11 de Março, seguidos da crise nuclear de Fukushima, Naoto Kan cedeu ainda assim à pressão da opinião pública, crítica da resposta à catástrofe. Mais de 15.700 pessoas morreram e 4.500 permanecem desaparecidas.
O Governo é acusado de ter reconhecido demasiado tarde a gravidade dos desastres. A reconstrução da região nordeste do Japão também se processa lentamente. Grande parte dos 80.000 desalojados permanece em abrigos provisórios. Em Fukushima, equipas de emergência continuam a tentar controlar os reactores danificados da central nuclear, e não há certeza de que consigam desactivar a instalação até Janeiro - prazo apontado pelo Executivo.
Para além da catástrofe tripla de Março, a opinião pública nipónica critica a gestão da crise financeira do país por sucessivos Governos. O Japão tem uma dívida pública superior a 200% do PIB, o valor mais elevado do mundo industrializado.

CORREIO DA MANHÃ 26.8.2011


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