sábado, 18 de agosto de 2018

HISTÓRIAS


Escrever uma história é o mesmo que entrar num templo para orar, não a um  Deus ou seu representante, mas sim à essência da natureza humana.
Somos filhos de histórias, alimentamo-nos delas a todo o momento, adormecemos sob o seu cantar e sonhamos com elas ao acordar.
O passado é a principal arca. Ficam guardadas na memória, escondidas nas gavetas do tempo, à espera de acordar. Quando acontece, misturam-se umas com as outras, correndo à procura do sol. Acordam estremunhadas e desejosas de voltarem a sentir os mesmos perfumes e emoções, adocicando as dolorosas e tristes e fantasiando as amorosas e doces. A memória tem essa propriedade.
Escrever uma história, e dá-la a ler, é como se fosse uma varinha mágica. Desperta de imediato recordações e vivências muito semelhantes. Emergem no coração do leitor, libertando as mais diversas sensações, forma muito pessoal de rezar. Uma história pode comparar-se ao bastão de Moisés, que fez brotar água na travessia do deserto, mata a sede, alivia o sofrimento, desperta o amor e brinca às escondidas com a esperança do novo dia.

domingo, 5 de agosto de 2018

Pensamento

“Pensamento “...

Ouvi uma jovem adolescente, de olhar atormentado por causa da morte anunciada da mãe, a questionar: - Porque é que as pessoas nascem e morrem? Uma pergunta que muitos fizeram e continuam a fazer. Há quem responda, "não sei", e há quem diga que é "vontade de Deus". A mãe entrou, ouviu e disse-lhe: - Nascemos para semear pensamentos. Somos feitos de tempo, a terra ideal para semear o pensamento...