terça-feira, 15 de julho de 2014

COIMBRA

O Mondego é certamente o rio português mais cantado por poetas desde tempos imemoriais.
As primeiras referências chegadas até à atualidade, remontam ao início do século XVI com os poetas do Cancioneiro Geral. Com efeito, é com Bernardim Ribeiro que é possível identificar, em primeiro lugar, alusões implícitas ao Mondego, na sua obra Menina e Moça
Não é certo que Luís de Camões tenha estudado em Coimbra, mas parece irrefutável que terá vivido na cidade nos tempos da sua juventude. Essa passagem ficou gravada na sua obra, tal como o atesta o soneto:


“Doces e claras águas do Mondego,
Doce repouso de minha lembrança
Onde a comprida e pérfida esperança
Longo tempo após si me trouxe cego.

Mas a alma, que de cá vos acompanha,
Nas asas do ligeiro pensamento
Pera vós, águas, voa, e em vós se banha.”
               
 Luís de Camões

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