terça-feira, 21 de maio de 2013
Ai, se não fosse a névoa da manhã
E a velhinha janela onde me vou
Debruçar para ouvir a voz das coisas,
Eu não era o que sou.
Se não fosse esta fonte que chorava
E como nós, cantava e que secou...
E este sol que eu comungo, de joelhos,
Eu não era o que sou.
Ai, se não fosse este luar que chama
Os espectros à Vida, e se infiltrou,
Como fluido mágico, em meu ser,
Eu não era o que sou.
E se a estrela da tarde não brilhasse;
E se não fosse o vento que embalou
Meu coração e as nuvens nos seus braços,
Eu não era o que sou.
Ai, se não fosse a noite misteriosa
Que meus olhos de sombras povoou
E de vozes sombrias meus ouvidos,
Eu não era o que sou.
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