segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

COLESTROL

As estatinas foram vistas como ''revolucionárias'' pelos cardiologistas, contribuindo de forma determinante para a diminuição do risco cardiovascular. Num estudo da década de noventa, o 4S, ficou estabelecida a mais-valia destas moléculas na diminuição da mortalidade em doentes de risco, com angina de peito ou sobreviventes de um enfarte. "Depois da doença coronária, a regra é prescrever estatinas", explica o coordenador da unidade de cardiologia do Hospital Pulido Valente, Roberto Palma Reis. Mas, considera, ''em pessoas de baixo risco, não se devem prescrever, porque podem fazer mais mal que bem". Dores musculares e diabetes são os principais problemas associados a esta medicação. Teresa Brito, 58 anos, está mesmo no limiar, mas tem conseguido evitar a medicação, por sugestão do seu médico, o cardiologista Hélder Trindade. O colesterol tem vindo a subir, mas com exercício físico, caminhadas e ginásio, e algum cuidado com a alimentação, lá vai controlando os valores. "O risco de problemas hepáticos ou musculares pode sobrepor-se aos benefícios", justifica o especialista do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Teresa Brito agradece o alerta e recusa-se a cair no facilitismo de enfiar o comprimido pela boca abaixo. E parece estar certa. Vários estudos mostram que deixar de fumar ou adotar a "nossa" equilibrada dieta mediterrânica faz mais pela saúde do coração do que qualquer pílula dita milagrosa.

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