SER MULHER EM PORTUGAL

Mais mulheres, mas menos mães, revela estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE), que salienta uma maioria do sexo feminino (52,2 por cento da população portuguesa, de acordo com o Censos 2011), na véspera do Dia Internacional da Mulher. As mulheres são cada vez mais pobres.
Amanhã celebra-se o Dia Internacional da Mulher e em véspera dessa celebração, a realidade da mulher portuguesa foi transportada para números, quantificados nos Censos 2011 e reunidos num estudo do INE.
Verifica-se que há mais mulheres do que homens, em Portugal. Segundo o estudo ‘Ser Mulher em Portugal’, divulgado hoje, a percentagem é ligeiramente favorável ao sexo feminino, que representa 52,2 por cento do total da população portuguesa (são 5,5 milhões de mulheres, mais 2,9 por cento do que há dez anos, de acordo com os Censos).
Mas a este aumento de mulheres não corresponde igual tendência no que diz respeito à maternidade. Há menos mães em Portugal e as que optam por ter filhos fazem-no mais tarde. Em média, as mulheres têm o primeiro filho aos 28,9 anos de idade, 28 meses mais tarde do que a realidade portuguesa em 2000.
Por outro lado, a esperança média de vida das mulheres está a aumentar: 82 anos, em 2010, mais dois anos do que os dados relativos ao período 2002. Outro dado relevante divulgado pelo INE é o empobrecimento das mulheres portuguesas. Com o aumento do desemprego, o sexo feminino acaba por sofrer este mais este drama do que os homens.

O estudo do INE revela ainda que a maternidade está a ser adiada, bem como o casamento, em virtude das dificuldades económicas e de outros fatores históricos e culturais. Em 2010, a média de idades das mulheres no casamento era 29,2 anos. Igualmente a diminuir está o número de filhos: em 2010, cada mulher tinha em média 1,4 filhos. Em 2000, esse número era ligeiramente superior: 1,6 crianças.

AUTORA:ESTUDO DE JOANA TELES:INE