Palavras que parecem esquecidas
Livro de Salmos 15(14),2-3.3-4.5.
Aquele que leva uma vida sem mancha, pratica a justiça e diz a verdade com todo o coração; aquele cuja língua não levanta calúnias e não faz mal ao seu próximo, nem causa prejuízo a ninguém; aquele que não falta ao juramento, mesmo em seu prejuízo; aquele que não empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente. Quem assim proceder não há-de sucumbir para sempre.
O desejo de permanecer é um dos maiores impulsos que dita o comportamento. O desejo de permanecer no poder, o desejo de permanecer no coração dos que amamos, o desejo de permanecer no círculo de amigos, o desejo de permanecer enquanto parte de uma empresa ou de um ambiente de trabalho, o desejo de permanecer enquanto cidadão, membro de um clube ou de um partido. É o desejo de permanecer que nos move, que nos obriga a melhorar, a trabalhar mais, a ser atentos e generosos ou a lutar contra o que nos pode ameaçar. Permanecer significa continuar lá, estas palavras esquecidas dizem-nos que só se permanece quando se age com nobreza, quando a nossa marca é de valor e não de força ou de destruição. Pode-se possuir muita coisa, pode-se mesmo dominar e impor, mas não é isso que faz vencer a circunstância ou a passagem do tempo. Para existirmos para além de cada momento é preciso lembrar as palavras que às vezes parecem esquecidas.
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