sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

NOVA ESCRAVATURA CIVILIZADA

UM OUTRO CONCEITO DE LIBERDADE INDIVIDUAL . 1. A Juventude Popular propôs numa moção ao Congresso do CDS a diminuição da escolaridade obrigatória do 12º ano para o 9º ano porque “a liberdade de aprender (…) é um direito fundamental de cada pessoa”. Cinco secretários de estado, que pertencem à distinta agremiação, subscreveram a moção, que exprime o direito inalienável à ignorância, como direito individual.(*) Isto escrito por membros de um partido que se diz “personalista”. Aliás há outras puras imbecilidades na moção, como seja a igualização do “autoritarismo do Estado Novo”, com “o autoritarismo do défice e da dívida”, uma “ideia” igualmente muito reveladora do que vai na cabeça dos candidatos a senhoritos do CDS, que, como se vê, nos governam. 2. Num processo de habituação e impregnação pelo veneno dos “argumentos” do poder a que vimos assistindo nos últimos anos, já não se reage a nada, nem sequer a perigosas enormidades, em que o próprio facto de terem sido enunciadas no âmbito do actual poder político já é de si muito preocupante. Há mais extremismo aqui do que no mais obscuro grupo anarquista ou maoista. 3. Vamos pois “explorar” a “ideia” da Juventude Popular e dos seus (nossos) secretários de estado. Comecemos pela “ideia” de que a escolaridade obrigatória até ao 12º ano, um requisito mínimo no actual débil mercado de trabalho, "limita a liberdade". Não custa perceber pela justificação que a mesma é valida para a educação obrigatória em geral. Ou seja, cada um, famílias e pessoas, são livres de escolherem o grau de escolaridade que pretendem ter, como se isto fosse de facto livre. Eu percebo-os, se precisam de marceneiros, trolhas, carpinteiros e electricistas, que dispêndio é terem que ter o 12º ano? Bastava a quarta classe, enquanto Harvard fica para a elite da elite. Aliás, educação e exigência, algumas vezes vão a par e por isso convém perceber que a educação é sempre perigosa para a “ordem social”. 4. Muito bem, mas vamos aprofundar o "conceito". Deixando de haver educação obrigatória, também não tem sentido impedir o trabalho infantil. De facto, que sentido tem a liberdade de não ir à escola sem a liberdade de se poder ir trabalhar? Os pais encontram nessa possibilidade uma maneira de combater as crises, colocando as suas filhas a gaspeadeiras com 14 anos e os rapazes nas obras aos 12. Para além disso, que adolescente gosta da escola? Por que razão não há-de ter a liberdade de ir berrar para uma claque de futebol em vez de ir para as aulas, ou de viver à custa dos pais até aos trinta anos? FONTE :BLG. P. PEREIRA Revista Sabado

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A DIVINA ELOQUÊNCIA DE JESUS

No livro Jesus, O Filho do Homem, Khalil Gibran fala de Assaf, um orador da cidade de Tiro, que teve a oportunidade de ouvir Jesus falando; Assim, Assaf, faz uma comparação entre a eloquência de Jesus e de outros oradores de seu tempo: "O que direi sobre suas palavras? Talvez houvesse alguma coisa em sua pessoa que desse poder às suas palavras e cativasse aqueles que o ouviam. Pois ele era atraente e o esplendor do dia iluminava seu semblante. Homens e mulheres e crianças fitavam-no mais do que ouviam seus argumentos. Em minha mocidade, eu ouvira os oradores de Roma e Atenas e de Alexandria. O jovem Nazareno era diferente de todos eles. Aqueles reuniam suas palavras com uma arte para cativar os ouvidos, mas quando Jesus falava nosso coração vagava por regiões nunca antes visitadas; ele levava os seus ouvintes para o mais profundo do seu ser. Oradores gregos e romanos falavam à mente. __O Nazareno falava ao coração.__ Nas palavras de Jesus havia um poder que não estava no domínio dos oradores de Atenas e de Roma". FONTE:Blg de Sanderson Moura

SÓ DISCORDE SE FOR NESCESSÁRIO

"Não discorde sem necessidade". Assim ensina Reinaldo Polito no seu mais novo livro Conquistar e Influenciar para se Dar Bem com as Pessoas. Viver discordando, viver se contrapondo, viver polemizando, - como se fosse um vicio - não é o melhor caminho para quem quer uma vida de harmonia com as pessoas no seu trabalho, na sua família, na sua religião, nos seus relacionamentos. Tenho procurado viver essa orientação no meu dia a dia, afastando-me dessa fonte de conflitos. Se não houver necessidade, se não for essencial, eu não discordo; nem concordo também; é um direito da pessoa se manifestar conforme sua compreensão - assim o diálogo e a convivência e a amizade fluem com mais respeito, tolerância e fraternidade

sábado, 4 de janeiro de 2014

A PRESSA NÃO FAZ SENTIDO

A pressa nos impede de ver o sentido na vida. Levantamos rápido, comemos rápido, vestimos-nos rápido, vamos para o trabalho rápido. No final do dia nos sentimos angustiados e cansados. Comece o dia com uma breve oração; assim, mesmo que os eventos nos tentem pressionar, estaremos preparados para caminhar na velocidade correta. - Pe. Marcelo Rossi -

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

CANÇÃO DA NÉVOA TEIXEIRA DE PASCOAIS

Tristezas leva-as o vento; Vão no vento; andam no ar... Anda a espuma à tona de água E à flor da noite o luar..///. Vindes dum peito que sofre? De uma folha a estiolar? Donde vindes, donde vindes, Tristezas que andais no ar?/// E flúvios, emanações,
Saídas da terra e do mar, Sois nevoeiros de lágrimas Que o vento espalha, no ar.../// / Suspiros brandos e leves De avezinhas a expirar; Ermas sombras de canções Que ficaram por cantar!/// Brancas tristezas subindo Das fontes, que vão secar! E das sombras que, à noitinha,/// Ouve a gente murmurar. Saudades, melancolias, Que o Poeta vai aspirar... Melancolias e mágoas, Que são almas a voar./// E o Poeta solitário Fica a cismar, a cismar... Todo embebido em tristezas, Levadas na onda do ar.../// E o Poeta se transfigura, É a voz do mundo a falar! E aquela voz também vai No vento que anda no ar.../// Teixeira de Pascoaes (Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos), (n. Amarante, 2 de Nov. de 1877 – m. 14 de Dez. de 1952)